A Reforma Tributária representa uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro nas últimas décadas. Seu objetivo é simplificar a cobrança de impostos, reduzindo os casos em que eles se acumulam e trazendo mais transparência para as relações entre governo, empresas e consumidores. Com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o modelo busca modernizar a forma como as operações são registradas e controladas, exigindo que o varejo e outros setores se adaptem às novas regras.
Entre as novidades, o split payment tem chamado a atenção de especialistas e empresários. Afinal, trata-se de um mecanismo que propõe que o valor do imposto seja automaticamente separado e repassado ao governo no momento da transação, reduzindo riscos de inadimplência e sonegação. Essa mudança promete aumentar a eficiência da arrecadação, mas também traz desafios operacionais e tecnológicos para as empresas, especialmente no varejo, que lida com alto volume de transações diárias e integração de múltiplos sistemas fiscais.
O split payment, ou “pagamento fracionado” em português, é um modelo de arrecadação em que o valor do imposto é automaticamente separado do pagamento da venda e enviado diretamente ao governo, sem passar pela empresa vendedora.
Na prática, quando o consumidor realiza uma compra, o sistema divide o valor pago em duas partes:
Esse modelo de pagamento fracionado da reforma tributária busca reduzir a inadimplência e a sonegação, garantindo que os tributos sejam recolhidos no momento da transação. Por outro lado, ele também exige adaptações tecnológicas e operacionais por parte das empresas, já que os sistemas de pagamento e gestão financeira precisarão se integrar às plataformas de arrecadação governamentais em tempo real.
Com a reforma tributária, teremos mudanças no recolhimento de impostos e o split payment representa um modelo automatizado. A ideia é que, no momento em que uma venda é realizada, o sistema de pagamento retenha automaticamente o valor do imposto e o transfira diretamente para o governo, em vez de o repasse ser feito posteriormente pelo vendedor. Assim, a empresa receberá apenas o valor líquido da transação, já descontado o tributo devido.
No modelo atual, o imposto é calculado e pago posteriormente pelo contribuinte, dentro de prazos definidos por cada regime tributário. Isso abre espaço para erros, atrasos ou até inadimplência, impactando a arrecadação. Já com o split payment, o governo busca garantir o recolhimento imediato e reduzir fraudes fiscais, além de simplificar o controle tributário. Para as empresas, porém, a mudança representa um grande desafio de integração tecnológica e adaptação de fluxos financeiros, especialmente em setores com alto volume de transações, como o varejo.
A adoção do split payment no varejo trará impactos significativos, que podem ser tanto positivos quanto desafiadores. Entre as vantagens, destaca-se o aumento da transparência nas operações fiscais e a redução do risco de sonegação, já que o recolhimento do imposto ocorrerá de forma automática e direta ao governo. Essa automatização tende a simplificar o cumprimento das obrigações tributárias e reduzir erros humanos, fortalecendo a confiança nas transações e melhorando o relacionamento entre empresas e órgãos fiscais.
No entanto, o modelo impõe desafios relevantes. As empresas precisarão atualizar seus sistemas de pagamento e gestão para garantir que a retenção automática do imposto ocorra de forma correta e sincronizada com a emissão das notas fiscais eletrônicas. Além disso, o split payment pode impactar o fluxo de caixa, já que o valor do tributo não ficará temporariamente em posse do varejista, exigindo um novo planejamento financeiro e ajustes na gestão de capital de giro.
A tecnologia será o principal pilar para que o varejo consiga se adaptar de forma eficiente ao split payment. Esse novo modelo exige que o recolhimento automático de tributos aconteça de forma integrada, precisa e em tempo real, o que é inviável sem sistemas tecnológicos robustos. Nesse caso, a integração de soluções de PDV (Ponto de Venda) e OMS (Order Management System) tornam-se essenciais para garantir que as informações de cada transação sejam registradas corretamente, refletindo os valores exatos a serem repassados ao governo.
A inteligência tributária ganha protagonismo. Com ela, é possível automatizar processos fiscais, validar informações e aplicar regras tributárias de acordo com a legislação vigente de forma dinâmica e com menor risco de erro. As plataformas de gestão com inteligência tributária ajudam as empresas a manter conformidade fiscal sem sobrecarregar equipes internas, permitindo que o foco se volte à estratégia e à experiência do cliente.
Já as APIs de integração ganham destaque por conectarem meios de pagamento, sistemas fiscais e plataformas de gestão. Elas possibilitam o fluxo automático de dados entre os diferentes sistemas envolvidos na transação, garantindo que o imposto seja calculado e repassado no momento certo. Essa conectividade será determinante para o sucesso do split payment, pois viabiliza a automação completa do processo, tornando a operação mais segura, ágil e transparente.
O split payment representa mais do que uma simples adequação tributária, trata-se de uma transformação profunda nos processos de pagamento, gestão e tecnologia das empresas. Para enfrentar esse novo cenário com segurança e eficiência, será essencial contar com sistemas integrados, inteligentes e preparados para lidar com as exigências da Reforma Tributária.
Gestores que se anteciparem e investirem em soluções tecnológicas terão uma vantagem competitiva significativa, garantindo conformidade fiscal, agilidade operacional e melhor controle financeiro. Se você ainda não tem ideia do que fazer, saiba que a Nexaas oferece plataformas tecnológicas que ajudam o varejo a se adaptar de forma simples e estratégica às novas regras.
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